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Ceará tem mais água que em 2018, mas Castanhão preocupa

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Passados pouco mais de 100 dias após o fim da quadra chuvosa, o Ceará tem mais água nos reservatórios do que no mesmo período do ano passado. São 3,5 bilhões de metros cúbicos (m³), o que corresponde a 18,81% da capacidade total dos 155 açudes monitorados. A situação dos reservatórios está, em média, 33,5% melhor do que ano passado – o equivalente a 0,88 bilhão de m³ a mais. Os números, contudo, não dão conta da real situação. Com chuvas mal distribuídas, o Estado concentra água em regiões hidrológicas como Acaraú, Litoral, Serra da Ibiapaba e Metropolitana.

Com os grandes reservatórios nas regiões como Médio Jaguaribe (com 4,62% da capacidade), onde está o Castanhão, e Alto Jaguaribe (com 8,17% do seus volume total), onde está o Orós, sem ter recebido grandes aportes, a situação hídrica do Estado ainda requer cuidados. Atualmente, o Castanhão comporta apenas 4,47% da sua capacidade, o que equivale a 299,23 hm³. É quase 20% a menos da quantidade de água que havia no açude em setembro de 2018, e só supera o volume de 2017 (quando esteve com 4,33%).

Conforme o titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, o açude, como vinha acontecendo em anos anteriores, tem tido o uso da água restrito ao abastecimento humano das cidades do Vale Jaguaribe. “Estamos atendendo cidades como Jaguaribara, Jaguaribe, Tabuleiro e Limoeiro, e pelo Eixão das Águas, a água é liberada de forma limitada, para atender um pouco as culturas do projetos (de irrigação) do Tabuleiro de Russas, e as cidades de Morada Nova e Ibicuitinga”, detalha.

Outras cidades como Jaguaruana e Russas já estão se valendo da água subterrânea do sistema de poços. De acordo com o diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recurso Hídricos (Cogerh), Bruno Rebouças, a água é liberada no Castanhão com uma vazão de 6,5 m/s.

Gerente regional da bacia do Alto Jaguaribe, Anatarino Torres, comenta que o cenário inspira cuidados em algumas cidade. “Não foi uma recarga boa e os últimos quatro, cinco anos têm sido bem difíceis. No entanto, não teve nenhum ano que não tenha chovido nada. Com esforços tem tentado suprir as chuvas com outras ações, como construção de adutoras, ou a perfuração de poços”, comenta.

Torres destaca a situação de Parambu que tem tido poços perfurados, para se somar com os baixos níveis dos açudes Puiú e Facundo; Iguatu está tendo uma adutora de 1,4 km construída para captar água de poços aluvionares do rio Jaguaribe, além de poços na bacia sedimentar da Cidade; Salitre também está contando com a perfuração de poços. Catarina, conforme Torres, vive uma “situação muito difícil a partir de setembro”. “Lá os açudes praticamente não pegaram recarga. A solução vai ser receber uma adutora do Dnocs (para captar água) do Arneiroz II, para abastecer a sede municipal de Catarina”.

Fortaleza, que já se valeu da água do Castanhão, é abastecida pelo sistema Metropolitano, com junção dos açudes Gavião, Pacoti, Pacajus e Riachão. A região hidrográfica metropolitana está com 53,63% da capacidade e, de acordo com Rebouças, deve ser suficiente para manter o abastecimento “dentro da normalidade” até o aguardo de uma nova quadra chuvosa.

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